Torcedor com criança que ergueu o braço durante briga comenta reação: “Susto”

Durante a briga entre torcedores de Goiás e Vila Nova no último sábado, em Goiânia, uma imagem chamou a atenção de todo o país. Com o filho no colo, um torcedor esmeraldino foi flagrado com as mãos para cima, gesto repetido pela pequena criança de cinco anos. O torcedor é Warley Ferreira, de 39 anos, que, justamente por causa da violência, não costumava mais frequentar o clássico.

Warley só foi ao Serra Dourada no último sábado porque o filho, Heitor, ganhou o direito de entrar em campo com os jogadores do Goiás. Heitor é aluno da escolinha do clube. Em entrevista ao GloboEsporte.com, o pai explicou por que ergueu o braço e foi em direção à polícia. Segundo ele, sua intenção era se identificar como pai de família e evitar que ele e a criança se machucassem.

– O susto foi grande, mas estamos bem. Só fui porque meu filho entrou em campo com o time. Queria que ele sentisse esse clima do jogo. Também fui porque não houve briga na final do Campeonato Goiano. Na hora da briga em pensei apenas em não correr para onde todos estavam correndo. Achei que fosse pior e que poderíamos ser feridos com bombas ou bala de borracha, por exemplo. Fui em direção à polícia porque queria mostrar que era um pai de família – contou Warley, por telefone.

O torcedor do Goiás afirmou ainda que já tinha levado o pequeno Heitor ao estádio em outras partidas. A ida ao clássico com o filho, no entanto, foi a primeira e provavelmente a última. Segundo Warley, Heitor está tranquilo apesar do susto.

– A gente já foi em outras vezes, mas nunca no clássico entre Goiás e Vila Nova. Eu já não tinha vontade de ir ao clássico, agora ficou mais complicado ainda. As pessoas não sabem torcer e nem respeitar a opinião de quem torce para outro time. Por isso que os estádios estão vazios.

Fonte: Globoesporte