Sincerão! Diretor de base do Vila Nova detalha estratégia de negociação de jovens e fala sobre mudança de patamar do clube

A permanência do Vila Nova na Série B e o final da temporada de 2022, além de comemorados, vem causando diversas repercussões dentro e fora do Tigre, entre elas a divulgação de declarações do diretor das categorias de base do Colorado, Olímpio Jayme Neto, que revelou as estratégias de negociações com outros clubes do futebol nacional e projetou uma mudança de patamar do clube goiano nas próximas temporadas.

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“A gente não consegue abraçar o mundo. Claro que gostaríamos de abastecer o profissional antes de fazer essas negociações, porém os clubes que hoje mudaram de patamar, conseguiram por causa de negociações de base. Então visando isso, aí que entramos com as negociações dos jogadores mais novos sempre garantindo bons percentuais futuros”, explicou o mandatário em entrevista à Rádio Bandeirantes, no último início de semana.

“Compensa mais para o Vila ter 20, 30 ou 40% de um jogador no São Paulo ou Palmeiras do que 100% dele aqui no clube. A gente sabe que as vendas que esses clubes vão fazer são bem melhores. Pega o Palmeiras e a venda do Endrick. Tem o Flamengo, que mudou seu patamar com as vendas do Vinícius Júnior, Paquetá e companhia“, completou Olímpio.

Por fim, o diretor ainda forneceu um caso de sucesso do futebol brasileiro que o Vila Nova busca se espelhar para mudar seu patamar no cenário nacional nos próximos anos. “Temos de entender nossa realidade, nosso mercado e espelhar em casos que já deram certo. Por exemplo, o Mirassol que era um clube “morto” no interior de São Paulo e hoje já está na Série B, conseguiu acertar a venda de um jogador que eles tinham negociado um percentual com o São Paulo – meia Luiz Araújo vendido ao Lille, da França, em 2017 – então o Mirassol tinha 30%, pegou R$ 7 milhões. O Vila nunca teve uma venda assim. Então são exemplos de clubes que nunca conseguiriam fazer vendas de milhões, mas que garantiram um percentual de vitrine real“, finalizou.