Presidente da FGF quer se reunir com times para avaliar se paralisa o Goianão

Em entrevista na TV Anhanguera, o presidente da Federação Goiana de Futebol, André Pitta, admitiu que o Campeonato Goiano também pode paralisar por conta do avanço do coronavírus, em Goiás, que são quatro casos confirmados. No entanto, o dirigente se mostrou contrário a ideia e quer se reunir com os clubes antes de bater o martelo com relação ao tema.

Por outro lado, Pitta afirmou que uma pausa no Estadual poderia ser uma ameaça à continuidade do torneio, mesmo depois. Além de alegar que o calendário é apertado e não comporta datas para além das que estão estipuladas. “Não podemos falar que não (existe possibilidade de parar). A princípio, trabalhamos com a possibilidade da continuidade com portões fechados, como já foi determinado. A preocupação que nós temos é com a questão de datas. Não temos datas, então a paralisação do campeonato neste momento pode significar o encerramento antecipado do campeonato”, diz.

De acordo com o dirigente há também o fator econômicos, que poderia ser prejudicial aos clubes do interior que dependem das rendas dos estádios para manter as contas em dia: “Temos a dificuldade de alguns clubes conseguirem manter sua estrutura com o campeonato parado e sem saber quando retornar. Precisamos honrar compromissos, e os atletas vão continuar treinando, não vão parar. Então, isso só tiraria eles de dentro de campo. Mas eles continuariam indo à escola do filho, ao shopping, ao supermercado e outros locais com chances também de contaminação”, completou.

Outro aspecto destado pelo presidente da FGF foi a diferença de logística entre o Goianão e outros torneios nacionais suspensos pela CBF: “A decisão da CBF de parar seus campeonatos é completamente diferente dos estaduais. São competições em que os clubes viajam o tempo inteiro e utilizam aeroportos, a maioria com voos internacionais e que têm uma demanda de pessoas chegando de fora do Brasil. Isso traz um risco maior. Foi um dos motivos da decisão da CBF. No Goiano, são jogos locais. A chance de contrair o vírus entre os jogadores é menor”, destacou.

Por fim, o dirigente comentou sobre a possibilidade de paralisar os Estaduais da base: “Devemos suspender as competições de base para que possamos diminuir o fluxo de pessoas nos centros de treinamento. Para que fique somente a delegação das equipes profissionais. Tudo isso vai contribuir para termos condição de manter o campeonato, mesmo com portões fechados. Para sabermos ao final e sabermos quem é o campeão, os rebaixados e quem vai para Copa do Brasil, Série D”, completou.