Novo treinador do Tigrão, Mazola Júnior fala do seu trabalho e de sua perspectiva para 2017

O novo técnico do Vila Nova, Mazola Júnior, concedeu sua primeira entrevista para após ser contratado pelo colorado. Os jornalistas Rafael Bessa e Nivaldo Carvalho sabatinaram o treinador na edição desta segunda-feira (05) do programa Toque de Primeira, da Rádio 730.

Mazola Júnior acertou os detalhes finais de sua contratação ainda no domingo (04). Nessa segunda, o diretor de futebol do clube, Felipe Albuquerque, concedeu entrevista coletiva para oficializar a contratação. O novo comandante do Tigrão se apresenta dia 02 de janeiro, juntamente com o restante do elenco para começar a preparação para o Campeonato Goiano.

O contrato de Mazola com o Colorado vai até o fim de 2017. Sua última passagem foi no CRB, levando o clube ao 7ª lugar com 58 pontos nesta Série B. Questionado sobre sua vinda para o Vila Nova, o treinador se disse surpreso com a oportunidade de trabalhar com Tigre e que as expectativas são as melhores possíveis.

“É com muita satisfação, é uma surpresa muito grande para mim receber um convite de um dos maiores clubes do país, que passa por um processo de reestruturação, fez um belíssimo Campeonato da Série B e a perspectiva da gente conseguir fazer um grande trabalho aí é muito grande, eu fiquei muito honrado, sinceramente, me surpreendeu o convite e a intenção do convite que o Vila nova fez pra mim”, afirmou.

Como é o Mazola no dia a dia?

— Não gosto muito de ficar falando de mim não, até porque só tenho como propaganda de trabalho o meu próprio trabalho. Gosto das coisas certas, não gosto de coisas erradas, gosto do mais alto nível de profissionalismo, trabalhar muito intenso e procurar respeitar a todos do clube, a hierarquia e não só, mas todos os funcionários que trabalham ou estão envolvidos diretamente no meu trabalho. Penso que só no dia a dia, no contato mais diário, pessoal é que vocês vão poder me conhecer melhor. Como falei, não gosto de falar de mim e essa oportunidade que o Vila Nova está me dando é uma oportunidade que eu estava buscando aí em Goiânia.

— É uma oportunidade que estava buscando no Brasil porque felizmente ou infelizmente, meus trabalhos ou a maioria dos meus trabalhos foram longos e isso em um ponto é bom, mas em outro ponto diminui meu trabalho no Brasil. Muita gente no Brasil ainda não conhece meu trabalho, só me conhece por nome.

— Estou muito motivado e espero sinceramente fazer um grande trabalho no Vila Nova e aproveitar essa onde de positividade que está surgindo no clube para que eu possa abrir mais uma porta no mercado de trabalho no Brasil porque o Campeonato Goiano a cidade de Goiânia é muito interessante para o profissional de futebol.

Participação no processo de montagem do elenco

— Eu não sou um treinador de jogadores, eu não tenho aquela historia de jogador do treinador, eu não faço parte de nenhum grupo de investimento e não tenho empresário. Eu penso na minha formação, na minha forma de trabalho e quem contrata jogador é o clube.

— É lógico que o Felipe e o Francisco, pessoal todo aí do clube já vinha monitorando alguns jogadores que poderiam vir a interessar o Vila Nova dentro da realidade financeira que o Vila Nova tem. É lógico que alguns nomes serão passados e alguns nomes que o mercado vier a oferecer e que a gente entenda que seja bom pro Vila Nova a gente pode dar o aval ou também dar o veto. Esse é o compromisso que tenho com a diretoria de futebol.

— Não sou treinador de indicar jogador, exigir contratação é tudo uma somatória de situações para que a gente defina o que é bom para o Vila Nova. Eu penso que assim que a coisa funciona e assim que gosto de trabalhar.

Pressão da torcida e da imprensa

— Sinceramente, eu já estou acostumado com isso. Eu trabalhei no Sport Clube de Recife, inclusive tive um acesso aí dentro de Goiânia, aí dentro do Serra Dourada contra o próprio Vila Nova na Série B 2011. Trabalhei no Paysandu, quando cheguei no Paysandu o momento era delicadíssimo, o momento era de rebaixamento da Série B para a Série C, problemas de estrutura e financeiros e hoje o Paysandu respira prosperidade. No CRB não foi diferente, chegamos em uma situação de rebaixamento, luta constante contra o rebaixamento ano passado, falta de uma estrutura enorme e conseguirmos superar todas as situações.

— Penso que com o Vila Nova não vai ser diferente o Vila Nova é time grande, time com uma torcida enorme, gigantesca, clube que passa por um momento de reestruturação, reorganização de saneamento financeiro, então é uma situação que estou habituado. Até no Sport já passei por isso, quando cheguei no Sport em 2011, o Sport vivia um momento muito delicado em termos de estrutura. Então é uma situação que a gente ta acostumado e estamos habituados a este tipo de pressão. A única maneira que a gente tem de ultrapassar é com trabalho e resultados e não vai ser diferente aqui no Vila Nova.

— Trabalho garanto que não vai faltar, pelas conversas que a gente teve preliminares as condições de trabalho são bem aceitáveis. Parece que o clube esta se estabilizando na parte financeira, a torcida maravilhosa vai jogar junto com certeza, então acho que está tudo andando pro mesmo caminho das outras grandes equipes que trabalhei.

Relacionamento com jogadores. Costuma vetar se necessário?

— Exatamente. Não está todo mundo trabalhando para o Vila Nova? Eu não trabalho para mim, o diretor não está trabalhando para ele. Nós temos que trabalhar todo mundo para o Vila Nova e eu se tiver alguma informação, porque normalmente o diretor tem uma informação do empresário, o preparador outra, o treinador tem outra e hoje, extra campo ta contando muito, muito porque ta tudo nivelado e uns dos fatores que pode desnivelar é a parte física. Então tem essa situação que sempre falo para os clubes, não vão esperar de mim qualquer tipo de situação, de indicação, de jogador do treinador. Isso não existe comigo. Agora direito de veto eu preciso se for para trazer um problema para dentro do clube e se eu vou trabalhar no clube não posso aceitar uma situação dessas.

A parceria com a Caixa Econômica

— Eu também estou sabendo, já tinha sido comunicado pelo Felipe e pelo próprio Francisco também que o Vila Nova através de seu presidente Ecival Martins tinha conseguido esse acordo. Eu acompanhei no CRB todo o processo que envolve um patrocínio da Caixa, tenho certeza que pra Caixa virar parceira do Vila Nova também, é porque o clube está no caminho certo se reorganizando, reestruturando para ter um futuro muito promissor e volte a freqüentar o alto nível do futebol brasileiro porque o Vila Nova como instituição, Goiânia como cidade e, principalmente, a torcida maciça do Tigre possa voltar aos dias de glória que esse clube sempre teve.