Jogador do Vila Nova fala sobre a importância da data da Consciência Negra

Foto: Vila Nova

Na semana da consciência Negra, que passou no último dia 20 de novembro, os jogadores dos principais times goianos falaram sobre a importância da data e explicaram sobre o que representa para cada um deles sobre o assunto.

Em coletivas, o volante Moacir, do Vila Nova, deixou claro a sua resposta. Assim como o atacante Diego, do Goiás, além do zagueiro Wanderson, do Atlético-GO, que também falaram sobre o assunto.

Moacir – volante do Vila Nova

“Pra mim é um dia diferente, porque representa a nossa luta. Não é só mais um dia de combate, mas um que muita gente respeita. Falando sobre o respeito, eu acho que temos buscado isso ao longo dos anos, mas nos últimos houve muitos descaso, então declinamos, para ser sincero. Eu acho que precisa ser colocado em escolas como matéria, assim como nas faculdades e, assim, eu creio que seremos mais respeitados.

“Na profissão, particularmente, é até mais difícil por ser um jogador muito conhecido, respeitado por vários atletas, comissões. Houve um caso isolado, mas há muitos anos atrás, de uma arquibancada no Campeonato Cearense, mas passou. Eu não tinha a maturidade que eu tenho hoje para lidar com isso. Mas em meio à sociedade, na rua, nos supermercados, em shoppings já passei muito. Até passei um tempo da minha vida achando que isso era natural, levando isso como natural, mas não era. Era uma forma de me oprimir”.

Diego – atacante do Goiás

“Bom, eu nunca sofri esse tipo de preconceito racial, mas é uma coisa que está muito presente na nossa sociedade, no nosso dia a dia. Essa é um dia muito importante, mas eu creio que a data em si, se as pessoas não se conscientizarem, não vai levar a gente a um progresso, não vai levar a gente a nada porque o racismo ocorre todos os dias. Ou, se as pessoas se conscientizarem só nesse dia e depois voltarem a fazer os atos novamente, não vai valer de nada. É uma data importante para as pessoas se conscientizarem todos os dias”.

Wanderson – zagueiro do Atlético-GO

“Eu acho que é um dia muito importante. Não só essa data, mas todos os dias do ano tem que ter essa consciência e saber que a cor da pele não mostra qual é o ser humano. Eu acho que o caráter, o jeito que a pessoa vive, os exemplos que a pessoa dá que tem que distinguir e não a cor da pele. No meio do futebol eu nunca sofri preconceito, eu já sofri fora do mundo do futebol, até em alguns estados que joguei. Mas eu levo com muita tranquilidade, acabo até brincando, explicando melhor para a pessoa que acaba querendo me ofender de alguma forma. Muitas vezes também é má orientação”.