Dado Cavalcanti comenta vaias da torcida mas faz ressalva; veja as falas

Vila Nova
Foto: Núbia Alves/Vila Nova

Na noite desta última terça-feira (7), o Vila Nova recebeu a equipe do Brusque no OBA, em Goiânia, pela 11ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro de 2022. A derrota pelo placar de 2 a 0 para o Quadricolor fez o Tigrão permanecer na zona de rebaixamento da competição.

Dado Cavalcanti
Foto: Comunicação/Vila Nova

Em entrevista coletiva, Dado Cavalcanti, treinador do Vila, analisou a atuação da equipe e comentou sobre a sequência de jogos sem vitória.

“Não dá para defender o indefensável, que é a quantidade de pontos que nós não somamos em quatro jogos. É um somatório muito abaixo do que nós esperávamos e muito abaixo do que eu esperava quando pisei aqui aí e fiz a avaliação do nosso grupo. Então, eu não vou falar, seria até uma agressão ao nosso torcedor, chegar agora na coletiva de imprensa e ficar comentando sobre as coisas boas e coisas positivas que eu enxergo aqui até então. Pelo fato está se sobressaindo em todos os contextos, porém eu não posso fugir da minha visão e da minha realidade e condição como essa de saber que o jogo possui quatro momentos específicos.

Eu entendo que nós estamos muito bem equilibrados em três deles. O que faz a diferença é um dos momentos da organização ofensiva, mais precisamente, a parte final, as finalizações e o contexto do gol, onde a gente tem pecado.   Assim, algumas coisas, lógico, vão ser revistas, mas eu não posso chegar, afirmar e concordar com a condição de que a ideia não está sendo assimilada. Acho que a ideia já foi assimilada, mas eu entendo também, que nós precisamos melhorar muito. Principalmente, nessa parte de finalizar as jogadas, que vem fazendo uma grande diferença nos resultados”, comentou.

Logo depois, o comandante falou à respeito das sonoras vaias da torcida na reta final da partida e após encerramento do confronto. Apesar de admitir que tem sua parcela de culpa pelo momento do time, Dado disse que, em seu ponto de vista, nem tudo está errado.

“Não venho aqui me fazer de vítima e nem tão pouco vou diminuir o sentimento do nosso torcedor. O torcedor é paixão. Ele vai estar sempre passional em relação aos resultados da nossa equipe. Quando ganha, ele volta para casa feliz e as coisas fluem mais naturalmente na vida, no cotidiano, na gozação com os adversários que sempre acontece e eu respeito muito, porque a minha paixão pelo jogo ela veio muito antes de eu escolher ser treinador, então eu entendo demais esse contexto e respeito. São quatro jogos, não dá para ficar escondendo na falta de treinamento e na falta de tempo.

O calendário do futebol brasileiro todos já conhecem e eu tô muito muito mais vacinado em relação a isso. Eu sou o comandante da equipe nesses quatro jogos, eu sou o grande responsável pelo rendimento da equipe e isso precisa ser colocado. Isso aí faz parte do processo, mas, repito, só não acho que tá tudo ruim. Os resultados são horríveis, a condição de redcap é muito ruim, estamos bem abaixo do que esperávamos mas não está tudo errado. Nós temos que ser resilientes no momento de dificuldade, de respeitar e aceitar as críticas, mas trabalhar muito para buscar a solução dos problemas”