Mazola Jr. terá missão de se firmar no Tigrão por um ano; Márcio Fernandes ainda é o único a permanecer durante esse tempo

Novo técnico do Tigrão, Mazola Júnior assume o time com o desafio de contrariar uma característica colorada: a de que os técnicos duram pouco no clube. Campeão da Série C em 2015, Márcio Fernandes é apontado como o único a conseguir a façanha de ficar à frente da equipe por um ano. Até então, nunca um treinador tinha permanecido no comando do Tigre por esse período, que pode até parecer pouco, mas que é muito para os padrões do Vila.

Apesar desse cenário, Mazola evita se assustar e encara a missão de cabeça erguida. O treinador se diz motivado a superar esse estigma e espera repetir algo que é comum em sua carreira. O paulista de 51 anos é conhecido por trabalhos longos, como os que teve à frente de Sport, Bragantino e, por último, CRB, com o qual terminou a Série B de 2016 na sétima posição.

– O projeto é ficar pelo menos até 30 de novembro aqui no clube. Venho de um trabalho de um ano e meio no CRB. Cheguei lá na metade do ano passado em um momento muito difícil. No âmbito esportivo e na parte de reestruturação. Vou tentar dar sequência ao trabalho aqui no Vila. No Brasil, há algumas peculiaridades, por incrível que pareça. Tenho quatro trabalhos de mais de um ano, três deles em clubes grandes. Mas por um lado isso é ruim, pois você limita muito seu mercado. Você acaba ficando limitado a quatro ou cinco mercados, e o Brasil é gigantesco. Espero pelo menos terminar o ano aqui e conseguir alcançar e cumprir todas as metas estabelecidas pela direção.

Mazola terá a seu lado o auxiliar João Brigatti. O restante da comissão técnica será composto por funcionários fixos do Vila Nova. A pré-temporada estava marcada para começar no dia 26 de dezembro, mas, a pedido do novo comandante, a reapresentação foi adiada para 2 de janeiro.

– É tempo suficiente para realizarmos o trabalho antes do início do Goianão, que começa em 28 de janeiro. Serão 26 dias de pré-temporada. Dá para preparar o time. Acredito que esse período de três a quatro semanas é o ideal. Há alguns anos, tive apenas 14 dias. Aí sim é complicado – avalia.