Diretor exalta padrão de jogo reativo do Vila e pede que torcida compreenda

Foto: Divulgação/ Vila Nova FC

Terceiro colocado da Série B com 35 pontos, o Vila Nova se notabilizou pela regularidade na atual edição do torneio. O Tigre sofre poucos gols, vai bem fora de casa e consegue ganhar partidas mesmo quando não atua tão bem. De acordo com Felipe Albuquerque, diretor de futebol colorado desde 2016, o mérito está na padrozinação de jogo, que prevê essa competitividade.

O dirigente se mostra satisfeito com o estilo do Vila, que muitas vezes cede a bola ao adversário, mas consegue matar o duelo em contra-ataques. Mesmo sem ter muita posse ou um goleador nato, a equipe do técnico Hemerson Maria se mostra letal, qualidade ressaltada por Felipe, que gosta de jogadores novos e com boa força física. Perto do reencontro, ele pede que a torcida também saiba valorizar essa aplicação em campo.

– Hoje temos um modelo de jogo muito bem determinado. É importante que a torcida do Vila entenda isso. A torcida do Corinthians, por exemplo, entendeu o modelo de jogo do Corinthians. Quando ela vai na Arena, ela tem paciência, ela espera, pois sabe que o gol pode sair aos 89 minutos. É importante que a torcida do vila compareça ao estádio, mas mais do que isso. Precisamos que ela entenda o modelo. Não jogamos com um homem de área. Isso foi muito pedido, um matador, mas não é nosso modelo de jogo. Nosso modelo é de mobilidade. Precisamos que os atacantes das beiradas voltem para marcar. Essa é uma parte tática que compete ao Hemerson (Maria), mas sempre discuto isso com ele.

Felipe avalia que o Vila se tornou uma equipe extremamente competitiva, embora nem sempre apresente um futebol vistoso aos olhos de quem gosta de uma equipe ofensiva. Contudo, lembra que isso também é uma estratégia para se manter forte ao longo de toda a competição, marcada pelo equilíbrio. Ele projeta o Tigre lutando pelo acesso até as últimas rodadas e sabendo sofrer para conquistar a vaga na elite.

– Já vi entrevista do PH falando que não é para a torcida esperar um Real Madrid. Já vi o Hemerson Maria falando que não vamos jogar como o Barcelona. E é bem isso. Não vai ter show. Vai ter luta. O Eder (Delarice, gerente de futebol) também fala uma coisa interessante: “Não esperem que o acesso venha naturalmente”. É verdade. Nenhuma conquista vem com naturalidade. Se isso acontecer, vai ser com muito sacrifício. Não penso em classificação com antecedência. Vejo um campeonato muito competitivo, vide o último jogo (contra o Juventude). Fizemos um dos nossos melhores jogos, tática e tecnicamente, mas o resultado não veio. Por uma única falha, o adversário foi feliz e fez o gol.

Fonte: Globoesporte