Durante a Olimpíada cresceram os rumores de que a Fifa prepararia uma punição rigorosa ao presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, indiciado pela justiça norte-americana por crimes de corrupção. Dirigentes da entidade máxima do futebol que vieram ao Rio no mês passado deixaram claro que alguma medida deve ser tomada até o final do ano contra Del Nero e sua administração.
Isso repercutiu na própria CBF e principalmente entre as federações estaduais. Depois de manobra ano passado que garantiu a posse do coronel Antônio Nunes como um dos vices da entidade, Del Nero está pronto para passar o comando a seu aliado se realmente for punido pela Fifa. Mas aí começaria um novo problema para a CBF – a rejeição das federações ao nome do coronel.
As entidades estaduais estão em polvorosa diante dessa possibilidade. Por enquanto, se mantêm em silêncio público, mas trabalham nos bastidores contra a ascensão de Nunes ao cargo mais importante do futebol brasileiro. O coronel é presidente licenciado da federação do Pará e nem mesmo seus colegas do Norte do País estariam dispostos a apoiá-lo no caso do afastamento de Del Nero.
“Se acontecer o pior com o Del Nero, o coronel não fica na presidência da CBF nem uma semana. Não vamos deixar”, disse ao Terra um presidente de federação que não tem nenhum representante na Série A do Brasileiro e que mantém relações estreitas com vários colegas de outros Estados.
“Por enquanto, ninguém compra briga, pois todos aqui votaram no Del Nero. Mas, ele saindo, o cenário muda radicalmente. Uma coisa é garantida – o coronel não fica”, afirmou ao Terra outro presidente de federação, que também pediu anonimato.
Fonte: Terra
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